5 Dicas para ter uma saúde melhor

Quando criança fui muito magro, do tipo magrelo mesmo. Fui assim até o início da minha vida adulta, lá pelos 21 anos, quando começou a minha luta com a balança. Inicialmente foi uma barriguinha de chopp. Meus amigos diziam que eu parecia uma cobra que engoliu uma vaca ou algo assim. Mas não ficou só na barriga, fui ganhando peso. Nas três décadas seguintes alternei épocas boas e ruins. Conseguia, com muito esforço, perder uns 15 quilos, com muito exercício (sempre fui bem em corrida), mas depois, quando descuidava, engordava tudo de novo, graças ao famoso efeito sanfona. Quem luta com a balança sabe bem como é. No fundo, são as péssimas escolhas de saúde que geram os nossos resultados ruins.

Foi quando resolvi mudar de tática. Não iria mais lutar contra a balança, pois passaria a ter uma vida saudável. Adotaria bons hábitos e veria o que aconteceria a partir daí. Meu raciocínio era que não tem como ser saudável e obeso ao mesmo tempo. Desta forma, comecei minha mudança com 109,1 kg. Um ano depois cheguei no 86 kg. No último exame de sangue constatei que meus índices estão ótimos. Apesar de não estarem altos, já se aproximavam do limite da faixa. Minha qualidade de vida melhorou absurdamente.

Comecei pela balança

O que fiz? Bem, foi um somatório de novos hábitos que fui adicionando a cada podcast, livro ou vídeo que consumia. Como adotei o hábito de me pesar todo o dia, eu ia observando o que mais fazia efeito. A cada pesagem eu anotava em um diário o que tinha acontecido no dia anterior. Um registro simples, de 3 ou 4 palavras, tipo “comi um churrasco na casa do x” ou “ exagerei no sorvete vendo filme”. Só o fato de saber que eu teria que anotar minhas fugas já servia como um inibidor. Não virei radical. Continuo tomando minha cerveja, comendo meu churrasco, mas a frequência e quantidade foram sendo alteradas aos poucos.

Em retrospectiva, este hábito da pesagem foi fundamental, a base de tudo. Comecei com uma balança comum, uma rosinha da minha esposa, mas um amigo que entende das coisas (embora não pratique) me recomendou uma da Omron, que faz a bioimpedância na hora, o que permite acompanhar o percetual de gordura, músculo e outros índices. Tenho recomendado este modelo quando me perguntam. Ajuda muito na promoção da saúde.

Imagem da balança da Onrom

As 5 Dicas para melhorar a saúde:

Para exemplificar, deixo mais 5 dicas que aprendi no processo de viver saudável.

Dica 1: A hora de comer importa muito.

Última refeição é 3 horas antes de dormir. Significa que depois das 19 eu não como mais nada. Nem um biscoito. Zero. Vou dormir com a digestão feita. Quer dizer que não vou em jantares? Claro que vou. Exceções existem, mas por isso mesmo tem que ser assim, exceção. Eu, por exemplo, evito marcar jantares. Virei adepto do almoço com os amigos. Meus aniversários passaram a ser almoços, inclusive fazemos almoço de natal ao invés de ceia aqui em casa.

Dica 2: Pão só aos sábados.

Infelizmente a farinha de trigo é um baita de um problema pois é um caminho para uma diabetes, especialmente se consumida de noite. Assim, aboli pão, arroz e massas do meu dia a dia. Só como uma massa em ocasiões muito especiais. Fora isso meu carboidrato é batata doce, mandioca ou, na última hipótese, batata comum. Inclusive no café da manhã. Aliás, fiquei adepto de comer batata doce com ovo na primeira refeição do dia. Não se trata apenas de perder peso, mas de buscar a saúde como objetivo principal.

Dica 3: Álcool só no fim de semana e um pouco mais livre aos sábados.

Sexta é uma taça de vinho para celebrar o fim de semana e, domingo, outra no almoço. Durante a semana fujo de tudo que é jeito de beber álcool. Assim sendo, se não for uma festa, e mesmo assim daquelas importantes, não bebo. É água com gás e sumo de limão, que virou minha bebida da vida.

Dica 4: Passos.

Eu tenho que dar 10 mil passos todo o dia. Hoje, como faço exercícios regularmente, ficou fácil de conseguir, mas quando comecei eu não praticava exercícios. Comecei com um relógio no pulso (tem que ser o relógio, não use o celular) e me obrigando a dar 10 mil passos ao dia. Fui firme com isso. Dessa forma, caminhei em corredor de hotel, terminal de aeroporto, em volta do quarteirão de hotel, não importa. Só ia dormir se tivesse dado os 10 mil passos. Muitas vezes deixei de pegar o carro para ir na padaria, só para fazer o percurso a pé. Não aceitava negociação. Portanto, os 10 mil passos é uma lei. (Para quem quer saber, uso a linha fitbit, mas há diversas opções no mercado)

Dica 5: Chás.

Há muitos chás que ajudam no metabolismo e digestão. Passei a tomar chá regularmente, desde blends feitos especialmente para isso aos mais recomendados como dente de leão, camomila, gengibre, canela e outros. No entanto, quem tem pressão alta tem que ter cuidado com os termogênicos. Fora isso, é seguir firme.

    Dica extra

    Por fim, como uma dica extra, qualidade. Não aceite comer ou beber sem qualidade. Portanto, se o pão está mais ou menos, recuse. Vai comer pão? Tem que ser o melhor pão do mundo. Cerveja? Tem que ser aquela cerveja. Se vai comer carne vermelha, tem que estar do jeito que você gosta. Se não está, recuse. Tem que valer cada caloria. De fato, parei de comer um monte de porcaria por causa disso. Pão de forma? Nem pensar. Carne bem passada? Passo.

    Enfim, tem muito mais coisa, mas estas são alguma dicas que funcionaram muito para mim.

    Busquem o conhecimento. Não achem que seu médico sabe te orientar, a maior parte, infelizmente, nunca aprendeu sobre a importância da alimentação, apenas generalidades sem aprofundamento. Um livro que me impactou muito foi A Medicina do Amanhã, que indico para todo mundo. Este vale cada página. O conhecimento liberta e não é diferente na saúde.

    E você? Tem alguma dica especial?